Escândalos de corrupção ensombram memória de Neto

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Instituído feriado nacional em 1980 pela então Assembleia do Povo, a celebração do dia 17 de setembro – consagrado o “Dia do Herói Nacional” em memória do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, está ensombrada por conta de escândalos de corrupção envolvendo membros da sua família e pela contestação dos sobreviventes do 27 de maio, que alegam, ter Neto, tido papel preponderante, nas matanças de cidadãos angolanos. 

Fica reduzido o impacto da data, comemorada em anos anteriores com pompa, para saudar a vida do homem até então, considerado pelo seu partido, impoluto.

Um processo despoletado pelas autoridades suíças, revelou um esquema de transferências ilícitas de fundos, encabeçado pelo empresário Carlos Manuel de São Vicente, casado com Irene Neto, filha mais velha de Neto.

Sobre São Vicente, pesa a acusação de peculato e branqueamento de capitais.

Além da esposa, o empresário envolveu no esquema de desvio de fundos pertencem à AAA Seguros SA, três filhos, três irmãs, sobrinhas e netas. Ao todo, mais de 900 milhões de dólares.

Nos últimos, dias a Procuradoria Geral da República de Angola, ordenou  a apreensão de vários edifícios do grupo AAA, pertencente ao empresário.

A Procuradoria angolana, justificou a medida com indícios da prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

São Vicente, sempre esteve ao lado da esposa Irene Neto e da sogra, Maria Eugénia Neto (viúva de Agostinho Neto), noutra actividade, de carácter social, que desenvolve na Fundação António Agostinho Neto.

O empresário, era um dos responsáveis da fundação e pela promoção da imagem de Agostinho Neto. O auditório da sua empresa, AAA, acolheu durante muito tempo, os eventos da fundação ligados as celebrações da vida e obra de Neto.

Também marca, pela negativa, as comemorações do 17 de setembro, reivindicações d de parentes de falecidos e de sobreviventes do 27 de maio de 1977, que alegam ter sido o eclodir de disputas políticas internas no MPLA e para controlar a situação, a direcção do partido comandada por Agostinho Neto mandou prender e matar militantes que não se alinhavam as suas políticas.

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