Grupo Carrinho acusado de usar métodos nada ortodoxo para dominar o mercado alimentar

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Nos últimos tempos, tem sido evidente o impacto negativo das práticas comerciais da empresa Carrinho nas regiões centro e sul de Angola. À escassez de produtos à base de fubá de milho tem afectado profundamente as famílias, deixando-as cada vez mais empobrecidas.

Os modos operandi dessa empresa são questionáveis, para dizer o mínimo. Seus técnicos de campo circulam nas comunidades em suas motorizadas, comprando milho a preços extremamente baixos, sem permitir qualquer possibilidade de negociação.

Essa prática, muitas vezes vista como uma forma de permuta, coloca as comunidades em uma posição de desvantagem significativa.

Enquanto as comunidades vendem o milho a preços irrisórios, a empresa Carrinho transforma-o em fubá e outros derivados, vendendo-os a preços exorbitantes. Essa discrepância entre o preço de compra e o de venda é alarmante e só serve para aprofundar à pobreza nessas regiões.

Além disso, há rumores de que a empresa Carrinho tem como maior accionista o próprio Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço. Se confirmado, isso levanta questões sérias sobre conflito de interesses e práticas anti- éticas de negócios.

A situação é ainda mais preocupante quando se considera que as autoridades tradicionais locais, muitas das quais são vítimas desse esquema, estão começando a despertar para a realidade.

A concorrência desleal promovida pela empresa Carrinho está deixando as comunidades ainda mais vulneráveis do que já são, exacerbando os desafios sociais existentes.

Diante desse cenário, é urgente que as autoridades competentes intervenham. É necessário investigar as práticas comerciais da empresa Carrinho e garantir que as comunidades sejam protegidas de exploração económica.

A transparência e a equidade devem ser os pilares fundamentais sobre os quais o comércio deve ser construído, especialmente quando se trata de alimentos básicos essenciais para a subsistência das pessoas.

Em última análise, a verdadeira medida do sucesso económico de uma nação não está na riqueza acumulada por alguns, mas sim na prosperidade compartilhada por todos os seus cidadãos.

É hora de agir em prol do bem-estar das comunidades angolanas e garantir que ninguém seja deixado para atrás devido a práticas comerciais injustas e predatórias.

Fonte: Imparcial Press

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