Está cada vez mais difícil tratar passaporte. Cidadãos acusam governo de restringir entrega do documento para evitar saída em massa do país

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Em Angola, a obtenção de um passaporte tornou-se uma batalha burocrática para muitos cidadãos, que expressam frustração e acusam o governo de dificultar deliberadamente o processo. Segundo relatos, esta estratégia visa impedir a saída massiva de angolanos do país, em meio ao agravamento das condições sociais e econômicas.

Os cidadãos, que procuram o passaporte como uma via de acesso a oportunidades no exterior, veem-se agora confrontados com um sistema repleto de entraves, desde atrasos inexplicáveis na emissão dos documentos até exigências documentais excessivas. “É como se o próprio governo quisesse nos manter aqui à força, mesmo sabendo que não tem capacidade para melhorar nossas vidas,” afirma João K., um dos muitos angolanos que tentam obter seu passaporte.

A situação é particularmente crítica para aqueles que buscam melhores condições de vida ou oportunidades de emprego em outros países. A crescente insatisfação popular reflete o descontentamento com a incapacidade do governo em resolver problemas básicos como a falta de emprego, educação de qualidade e serviços de saúde adequados. “Queremos apenas uma chance de buscar um futuro melhor, mas até isso nos é negado,” relata Maria G., outra cidadã angolana afetada pela situação.

Especialistas apontam que o desejo de emigrar, motivado pela busca de estabilidade e segurança, é uma resposta compreensível à crise prolongada que afeta Angola. A falta de medidas eficazes para combater a corrupção, melhorar a economia e investir em infraestrutura básica tem levado muitos a considerar a emigração como a única solução viável.

Por sua vez, fonte do Serviço de Migração e Estrangeiros,  negou as acusações de que está dificultando a emissão de passaportes como forma de reter seus cidadãos. Autoridades afirmam que os atrasos são resultado de problemas logísticos e de capacidade, comprometendo-se a melhorar o sistema.

Contudo, para muitos cidadãos, tais promessas soam vazias diante da urgência de suas necessidades e aspirações.

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