Sem assistência adequada, pacientes internados do COVID19 no país, podem morrer por outras causas

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“Bom dia! Por favor, precisamos, com urgência, da ajuda de vocês, porque querem nos matar.”

Do hospital de campanha da COVID 19, situado na Zona Económica, kilometro 27, em Luanda, o Confidence News recebeu um grito de socorro de pacientes, denunciando más condições que colocam em perigo suas vidas.

O estabelecimento não tem condições nenhumas, o WC sujo, o matabicho chega às 10 horas, o almoço às 17 horas e o jantar chega às 20 ou 22 horas, lê-se numa carta que chegou à nossa redacção.

A mesma, refere que a única medicação dada aos pacientes é Vitamina C e complexo B. “Se estamos doente nos dêem medicação da COVID-19 para nos curar”.

Outro alerta feito, tem haver com “casos graves” trazidos de outros hospitais que acabam partilhando o mesmo WC com os casos suspeitos.  “Na sua maioria estão a morrer aqui e estes mais velhos partilham o mesmo WC com os jovens todos.”

Os internados, temem que que as más condições possam trazer outros problemas. “Não vamos morrer de COVID-19, vamos morrer de tanto pensar e vamos morrer de fome, tem muito mosquito, baratas, moscas”.

A carta termina com um apelo: “Por favor, partilhem está mensagem porque vamos morrer se ninguém fizer nada por nós. Os nossos dirigentes quando vêm para aqui recebem informação de que está tudo bem, mas não está nada bem.

De acordo com a edição desta quarta feira do Jornal de Angola, os profissionais da comunicação social suspeitos da Covid-19 durante os testes rápidos efectuados na se-gunda-feira, no campo Ma-nuel Berenguel da RNA, em Luanda, denunciam as más condições encontradas no centro de confinamento do Calumbo II, no município de Viana.

Segundo fonte do jornal, ainda na segunda-feira, os profissionais da comunicação social, depois de terem feito os testes rápidos, fizeram, no mesmo local, um segundo exame com a zaragatoa, que garante com exactidão o quadro clínico dos casos suspeitos. Segundo a mesma fonte, são 12 os profissionais da comunicação social confinados na nave D. Acrescentou que o distanciamento das camas não obedece ao que está regulamentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Depois do segundo teste fomos informados de que receberíamos os resultados depois de três dias. Postos aqui, no centro do Calumbo II, disseram-nos que os resultados só seriam conhecidos depois de 14 ou 20 dias”. A maior preocupação tem a ver com as casas de banho, que não oferecem as mínimas condições.

Por esta razão, afirma, preferem tomar banho ao ar livre, por detrás da nave onde estão acolhidos. No que diz respeito à alimentação, não há muitas reclamações, mas afirmam que a água para o consumo não é suficiente. “Diariamente recebemos apenas três garrafas pequenas (uma de manhã, uma à tarde e outra à noite), o que é muito pouco, já que as pessoas nessa condição devem beber muita água”, afirmam.

C/JA

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