EUA prepara sanções e quer empresas sem dependência da China

COVID 19
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Reuters noticia que a Administração Trump está a acelerar um plano de combate à dependência global das cadeias de fornecimento chinesas. Está em cima da mesa a aplicação de novas taxas alfandegárias.

A Administração Trump está a acelerar um plano de combate à dependência das cadeias de fornecimento chinesas, não só das empresas norte-americanas mas, indiretamente, a nível global. Está em cima da mesa a aplicação de sanções na forma de novas taxas alfandegárias, de acordo com várias fontes citadas pela agência Reuters, esta segunda-feira.

O Presidente Trump, que tentará a reeleição em novembro, tem assumido uma retórica muito agressiva em relação à China – designadamente no âmbito daquilo que o regime de Xi Jinping fez ou não fez para avisar o mundo da perigosidade do novo coronavírus. Mas, a julgar pela notícia da Reuters, será mais do que retórica: “Temos estado a trabalhar [na redução da dependência chinesa] nos últimos anos mas, agora, estamos a dar mais gás a esses planos“, disse à Reuters Keith Krach, secretário-adjunto para o Crescimento Económico, Energia e Ambiente.

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A expectativa é que o governo federal norte-americano poderá em breve fazer um anúncio público acerca destes planos, sobre os meios que vão ser utilizados para atingir que fins. Subsídios ao re-shoring (ou seja, a deslocalização da produção de novo para os EUA) e benefícios fiscais são as medidas mais prováveis.

“Há todo um ímpeto governamental neste sentido”, diz uma das fontes ouvidas pela Reuters, que indica que o plano passará por identificar os bens e produtos que são essenciais e assegurar que estes passam a ser produzidos internamente ou, pelo menos, fora da China. “Este momento criou uma tempestade perfeita, uma pandemia que cristalizou todos os receios que as pessoas tinham em relação a fazer negócios com a China”, diz uma das fontes, lembrando que “todos os lucros que as pessoas pensavam que estavam a fazer, ao trabalhar com a China, foram agora eclipsados, várias vezes, pelos danos económicos” causados pelo vírus.

Os EUA estão a preparar a criação de uma liga de países chamada “Rede de Prosperidade Económica”, que poderá reunir empresas e organizações que se regem pelos mesmos valores económicos, sociais e políticos – países como a Austrália, Índia, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Vietname poderão ser algumas das nações a integrar esse “clube”. E alguns países da América Latina também poderão juntar-se.

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