Angolano assume presidência da Arquitetura da Governação Africana da União Africana

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O diplomata angolano Wilson Almeida Adão foi nomeado como o novo presidente da Arquitetura da Governação Africana da União Africana (UA), um organismo crucial para promover a democracia, a boa governação e os direitos humanos no continente africano.

Em uma entrevista exclusiva à DW África, Adão expressou sua gratidão e destacou que essa nomeação representa não apenas um marco pessoal, mas também um reconhecimento internacional para Angola. O diplomata já havia sido eleito presidente do Comitê de Peritos dos Direitos e Bem-Estar da Criança da UA em novembro de 2023.

A eleição de Adão ocorreu por unanimidade durante uma reunião em Addis Abeba, na Etiópia, na quarta-feira (41.02), véspera da cúpula da UA que acontecerá no fim de semana. Com essa nomeação, Angola agora tem cinco comissários na organização, incluindo Josefa Sacko, Sebastião Isaata, Teresa Manuela e Pascoal Joaquim.

Nkinkinamo Tussamba, especialista em relações internacionais, congratulou-se com a eleição de mais um representante angolano na UA, mas ressaltou que há muito trabalho a ser feito para garantir uma presença mais significativa de Angola na geopolítica continental.

A Arquitetura da Governação Africana tem como objetivo principal promover a democracia, a boa governação e o respeito pelos direitos humanos em toda a África. Ela também busca assegurar o cumprimento da Carta Africana sobre democracia, eleições e boa governação.

Em meio aos preparativos para a cúpula da UA em Adis Abeba, muitos observadores consideram esta uma das mais intensas da história, devido à disputa pela presidência rotativa entre dois países magrebinos, Argélia e Marrocos. Enquanto isso, a governança em África continua sendo um tema crucial, com recentes golpes de Estado registrados em países como Mali, Burkina Faso, Níger e Gabão. Tussamba enfatiza a importância de desencorajar a falta de respeito às constituições e promover o respeito pela democracia como formas de garantir a estabilidade política no continente.

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