Ligações a Zenu dos Santos e Jen-Claude embaraçam empresário Agostinho Kapaia

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O empresário Agostinho Kapaia é apontado em alguns círculos empresárias em Angola, como tendo perdido alguma simpatia granjeada no começo do mandato do Presidente João Lourenço.

Uma fonte conhecedora do tema, confidenciou ao Luanda Post, que em causa estão as ligações do empresário natural do Huambo a empresa seichelense Silicona Corp. que ao lado do controverso banqueiro suíço Marcel Krüse, haviam sido citados pelos Panamá Pappers, o conjunto de 11,5 milhões de documentos confidenciais de autoria da sociedade de advogados panamenha Mossack Fonseca que fornecem informações detalhadas de mais de 214 000 empresas de paraísos fiscais offshore, incluindo as identidades dos accionistas e administradores.

Marcel Krüse, é um dos principais parceiros do empresário Jean-Claude Bastos de Morais, testa-de-ferro de Zenu dos Santos, filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos.

Natural do Huambo, Agostinho Kapaia conseguiu subir nas fileiras no mundo dos negócios em Angola graças às suas conexões no MPLA e à influência do seu tio, o empresário António Mosquito.

É o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Opoia, que opera nos sectores da construção, hotelaria, Tecnologias de informação e energia.

Em 2019 foi notícia na mídia internacional quando foi citado como um dos empresários mais próximos da entourage presidencial, interessados em comprar a participação de 25% que a brasileira Oi detinha na UNITEL.

O tema não passou de uma mera intenção, pois, os esforços que o mesmo empreendeu junto da banca e de alguns fundos de investimentos para captar os mil milhões de dólares, preço das acções, redundaram em fracasso.

Kapaia é ainda co-fundador do corpo de empregadores angolanos Lide Angola, chefiado por Leonel da Rocha Pinto.

É também presidente da Comunidade de Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola (CEEIA), que agrupa grandes e médias empresas angolanas activas em negócios e comércio internacional.

Agostinho Pinto João Kapaia, montou a sua primeira empresa com o primo José Adriano Caldeira Mosquito, em 2002. A Microcenter era então uma pequena empresa de serviços de TI, embora um dos seus acionistas fosse o seu influente tio, António Mosquito. Este último, presidente e CEO do Grupo António Mosquito, foi uma figura importante no mundo dos negócios angolanos durante a presidência de José Eduardo dos Santos, e teve um relacionamento pessoal próximo com o ex-chefe de Estado.

Parceiro de negócios de Isabel dos Santos, Mosquito chamou a atenção do público com frequência, principalmente através da sua empresa Falcon Oil.

Depois de obter a ajuda do seu tio no início da sua carreira, Kapaia aproveitou os esforços de reconstrução feitos pelo Estado após o fim da guerra civil em 2002 para expandir os negócios nos sectores da construção e hotelaria.

Ganhou contratos para a construção de estradas e residências e, em 2013, abriu o Hotel Ekuikui I, de quatro estrelas, situado no coração da cidade do Huambo, sua terra natal.

Em 2010, Kapaia e os Mosquitos (pai e filho) fizeram parceria com a gigante portuguesa de TI Novabase para entrar no mercado angolano, criando uma subsidiária chamada NBASIT, na qual a Microcenter é accionista fundadora.

Luandapost

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