Desejo do PR de ver a TAAG voar para EUA não é viável economicamente

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Não há viabilidade económica para a TAAG começar a realizar voos regulares para cidades dos Estados Unidos como deseja do presidente João Lourenço, revelou uma fonte conhecedora do negócio da aviação.

João Lourenço expressou ontem, segunda feira, o desejo de que a TAAG realize voos para algumas cidades dos Estados Unidos da América,  visando melhorar todos os dias os laços de amizade e cooperação.

As palavras foram dirigidas ao novo secretário de Estado para os setores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Carreira, a quem o PR pediu particular atenção à TAAG, sem prejuízo das outras áreas que também vai dirigir.

A TAAG passa por enormes problemas e nem internamente consegue “facturar” porque os angolanos estão descapitalizadas e preferem viajar de autocarros, explicou a fonte, acrescentando que o sonho do PR pode obrigar o governo a subsidiar tais viagens, se pretender que isso se efective já.

Por outro lado, destacou a fonte, as companhias áreas dos Estados Unidos possuem um dos espaços aéreos mais saturados e competitivos do mundo, com várias companhias aéreas estabelecidas que oferecem múltiplas frequências diárias entre os principais hubs. Angola não está nos planos destas companhias justamente porque não é um mercado viável.

“Os voos diretos de Angola para os EUA são de longo curso, o que implica custos operacionais mais elevados, especialmente em termos de combustível. Além disso, a TAAG precisaria de mais aeronaves capazes de realizar essas rotas com eficiência, o que poderia significar a aquisição de novos aviões, um investimento significativo em si mesmo, num momento difícil para a economia do país”.

Nesta altura em que praticamente não há divisas no país, é muito difícil atender a recomendação do chefe do executivo, referiu, acrescentando que há mais angolanos (nesse momento descapitalizados) interessados em ir aos EUA do que americanos querendo vir à Angola.

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