O governo angolano está a preparar a população para o anúncio da existência de circulação comunitária da COVID 19 em Angola, soube o ConfidenceNews de fonte fidedigna.
A mesma, adiantou que o governo adoptou uma estratégia de divulgação repartida dos dados da COVID 19 que visa mitigar o seu impacto no seio da população.
As autoridades políticas têm estado a gerir um conjunto de informações “críticas” sob sua posse, temendo prejuízos maiores à imagem do Executivo, contou a fonte, que revelou ainda que a doença atingiu a bófia.
O cidadão que faleceu há dias no hospital militar de Luanda, era um quadro do SINSE que dias antes esteve internado na clínica desta instituição, agora encerrada, mas ainda não anunciada pela ministra da Saúde, porta voz da Comissão Interministerial de Combate a COVID 19.
Sectores da sociedade angolana, têm estado a pressionar o governo angolano para ser mais transparente nas questões sobre a COVID 19.
Na manhã desta terça feira, o deputado Lindo Bernardo Tito, disse numa rádio Luandina, que de nada valerá ao governo continuar a omitir uma verdade e apelou as autoridades a serem honestas com os angolanos.
Em países civilizados, afirmou, a mentira é responsabilizada politicamente com o sacrifício da função. O deputado, lembrou, que Angola tem 9 doentes cujo vinculo ainda não está determinado.
Lindo Tito, explicou que existem os casos importados a partir dos quais pode ocorrer a transmissão local e essa transmissão local pode ser feita a várias pessoas.
“Vamos supor que seja à três pessoas: o A, o B e o C. Este é o primeiro nível da transmissão local.
No segundo nível da transmissão local, referiu, o A transmite ao Y, ao X e ao Z. Estes por sua vez podem também transmitir à outras pessoas.
No terceiro nível, esclareceu, o Y pode transmitir ao beta, alfa e ao L. “A partir do terceiro nível para baixo, é a transmissão comunitária”, disse, acrescentando que neste nível já se perde o vinculo epidemiológico e logo já há transmissão comunitária.”
Já na noite desta terça feira, o Secretário de Estado da Saúde, Franco Mufinda, ao apresentar o ponto da situação epidemiológica, disse que Angola regista 189 casos confirmados, dos quais 10 óbitos, 77 recuperados e 102 casos activos.
Quase 70% dos casos (124), são de transmissão local, dos quais 9 não se sabe qual a fonte de transmissão.
De acordo com o governante, as duas últimas semanas preocupam as autoridades por causa do rápido aumento dos casos, com um número elevado não esclarecido e pediu a população que evite as aglumerações e os contactos físicos.
Em quarentena institucional estão mais de mil cidadãos e 1359 sob vigilância. Acrescentasse a estes dados 515 casos suspeitos.